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sábado, 11 de outubro de 2008

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Acordo militar com França é equivocado, dizem analistas

O Brasil assinará no final deste ano um acordo com a França que, o governo espera, resultará na transferência de tecnologia na área de defesa e no ressurgimento da indústria militar do país. Críticos, no entanto, apontam os equipamentos franceses como inadequados para as necessidades do país.
Analistas ouvidos pela Reuters vêem as potências militares Estados Unidos e Rússia como melhores opções para o Brasil.
"Do ponto de vista político do governo Lula até faz sentido (a parceria com a França)", avaliou Gunther Rudzit, assessor do ministro da Defesa entre 2001 e 2002, quando a pasta era comandada por Geraldo Quintão.
"Mas não acho do ponto de vista estratégico", acrescentou Rudzit, que tem mestrado em segurança nacional pela Georgetown University e hoje é professor das Faculdades Integradas Rio Branco.
Apesar de seu histórico de boas relações com os EUA, analistas lembram que tradicionalmente o Brasil busca evitar ser visto como aliado incondicional de Washington e, segundo Jorge Zaverucha, cientista político da Universidade Federal de Pernambuco, a atual aproximação da Rússia com a Venezuela também complicou uma aproximação de Brasília com Moscou.
"O Brasil estava na dúvida entre a França e a Rússia. Com a aproximação desta com a Venezuela, os EUA disseram que não se oporiam a um acordo militar do Brasil com a França. Para bom entendedor meia palavra basta", disse.
Segundo o Ministério da Defesa, a disposição da França para transferir tecnologia foi um grande incentivo para sua escolha diante de outros países.
SUBMARINOS
Um dos pontos mais alardeados na aproximação entre Brasil e França é a transferência de tecnologia francesa para a construção da parcela convencional do submarino à propulsão nuclear. Autoridades militares brasileiras, que afirmam que o país já domina a técnica da parte nuclear da embarcação, vêem o projeto como prioritário.
O argumento é de que o submarino nuclear tem maior autonomia e capacidade de permanecer por mais tempo no fundo do oceano. Já os críticos avaliam que o submarino nuclear não é o melhor equipamento para patrulhar as águas rasas do litoral brasileiro, e pode ser detectado por conta do ruído feito pelo reator.
A parceria com os franceses deve incluir a construção de quatro submarinos convencionais, modelo Scorpene, que também seria usado como plataforma para a fabricação do submarino nuclear, cuja primeira unidade a Marinha espera para 2020.
"Eu acho que vai ser a maior loucura que nós vamos fazer", disse Expedito Bastos, pesquisador da área de Defesa da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG). "Não seria muito melhor termos 20 submarinos convencionais? Seria uma frota de alto mar fantástica, nós controlaríamos todo nosso litoral com isso".
Atualmente, a Marinha tem em sua frota 5 submarinos convencionais, cuja fabricação com tecnologia alemã começou na década de 1980, para patrulhar 4,5 milhões de quilômetros quadrados.
O Ministério da Defesa disse em nota que o submarino nuclear pode viajar mais rápido e mais longe, além de poder ficar por mais tempo debaixo d'água, o que seria mais vantajoso em águas profundas.
Outro processo de licitação da Aeronáutica deve resultar na aquisição de aeronaves militares russas, segundo o ministério.
PAÍS CONTINENTAL
A corte que os franceses têm feito ao Brasil pode ainda ajudar o caça Rafale, da fabricante francesa Dassault, a ser o vencedor do programa FX-2, que escolherá o novo caça da Força Aérea Brasileira. O Rafale é finalista da concorrência ao lado do sueco Gripen (SAAB) e do norte-americano F-18 Super Hornet (Boeing).
Para Rudzit, as presenças do F-18 e do Gripen --caça que tem tecnologia norte-americana-- na lista final é "estranha", por conta da histórica relutância de Washington em transferir tecnologia.
"Ou os americanos mudaram muito, e aí é mais um erro a gente se aproximar da França, ou esta é uma licitação dirigida", critica.
Outro ponto do acordo em gestão com Paris incluirá também a fabricação de helicópteros EC-725, da francesa Eurocopter, na fábrica da Helibras, subsidiária da companhia européia, em Itajubá (MG). A idéia do governo é comprar 50 aeronaves para as Forças Armadas a partir de 2010.
"Para um país de dimensões continentais, eu acho que equipamentos americanos e russos seriam mais adequados", disse Rudzit.

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